Praia do Presidio - CE
A praia, que pertence ao município de Aquiraz, é uma das mais movimentadas do Ceará durante o Carnaval. A animação fica por conta dos blocos e dos shows com bandas regionais. A turma jovem faz a festa e divide o amplo espaço - Presídio tem dois quilômetros de extensão - com as famílias, que curtem as águas calmas e os quiosques.
Para quem viaja com os pequenos, uma dica é aproveitar a área de lazer do hotel Jangadeiro, à beira-mar, com piscinas e toboáguas. O espaço é aberto ao público mediante pagamento de taxa.
Quem acorda cedo assiste a um belo espetáculo - o arrasto do camarão, feito pelos pescadores junto à barra do rio Iguape.
Recife e Olinda
Cidades irmãs separadas por apenas sete quilômetros, Recife e Olinda nasceram no período colonial e preservam com orgulho as heranças deixadas pelos portugueses e holandeses – dois povos que disputaram a ferro e fogo, literalmente, os estratégicos pedaços de terra à beira-mar. Dos patrícios restaram os encantos de Olinda, com suas ladeiras tomadas por igrejas, ateliês e restaurantes. Já Maurício de Nassau e sua tropa imprimiram como legado o bairro do Recife Antigo, hoje restaurado, colorido e movimentado.

Carnaval: Bonecos Gigantes de Olinda animam os foliões
Foto: Passarinho
Tombada como Patrimônio Cultural Mundial, Olinda faz do charme seu cartão de visitas. Com belas construções, mirantes e galerias de arte, surpreende os visitantes também de maneiras singelas – pôr do sol digno de salva de palmas, missas cantadas por monges e freiras, desfiles de blocos de maracatu em plena tarde de domingo... O ritmo, aliás, juntamente com o frevo, predomina no Carnaval da cidade, um dos mais concorridos do país, caracterizado pelos bonecos gigantes. O bucolismo estende-se ainda pelas pousadas, bares e restaurantes que tomam conta da rua do Amparo, o pólo cultural de Olinda.
Já na capital pernambucana, o visual das ladeiras é substituído por uma paisagem cortada por rios, canais e dezenas de pontes ligando um bairro ao outro. Em cada ponto, atrativos que remetem às características marcantes das principais capitais nordestinas. Recife tem praia urbana perfeita para banhos assim como João Pessoa e Maceió; efervescência cultural semelhante à de Salvador e Fortaleza; e conjuntos arquitetônicos tão imponentes quanto os de São Luis do Maranhão. De Boa Viagem – bairro que dá nome à democrática praia - ao Recife Antigo, que tem a rua do Bom Jesus como referência, há muito o que ver e fazer. São igrejas, casarios coloniais e museus que guardam a rica história do estado. A metrópole reserva ainda uma infinidade de restaurantes especializados em frutos do mar e uma vida noturna animada, embalada pelos ritmos pernambucanos.
Nos arredores das cidades, a beleza natural é a marca registrada. Para o Norte ou para o Sul, em um raio de cem quilômetros, destinos como Cabo de Santo Agostinho, Porto de Galinhas e Maria Farinha convidam a passeios que podem ser feitos em um dia. No roteiro, praias para todos os gostos e estilos.
Tamandaré e Carneiros - PE
As praias de Tamandaré e Carneiros são as mais desertas do litoral sul de Pernambuco. A característica, que já valeria a viagem, é incrementada ainda por belos cenários contornados por mar calmo e transparente, recifes que formam piscinas naturais, areia branca e coqueiros. 
Tamandaré é a sede do município, com áreas urbanizadas, casas de veraneio e barracas que recebem turistas nos finais de semana e na alta temporada. Já Carneiros, acessível por estrada (dez quilômetros, sendo cinco de terra) ou pela praia (cerca de meia hora de caminhada), é totalmente rústica. Além das particularidades descritas acima, tem ainda um rio de águas verdes que se mistura com o mar na maré alta. Para fechar a paisagem bucólica com chave de ouro, uma igreja branquinha, dedicada a São Benedito, é cercada por coqueirais e ocupa lugar de destaque na areia.
Chapada Diamantina - BA
Nem só de praia é formada a paisagem da Bahia. No coração do estado está um dos mais belos cenários do país, salpicado de cachoeiras, grutas, serras e vales. Cobiçado pelos amantes do trekking, o Parque Nacional da Chapada Diamantina tem atrações que extrapolam seus limites e espalham-se por cidadezinhas que tiveram seu apogeu no final do século 19, quando a região era famosa somente pelas jazidas de diamantes.

Morro do Pai Inácio: Formação rochosa de 1.200
metros de altura é avistada de diversos
pontos - Foto: Jotafreitas - Bahiatursa
Uma das principais cidades da Chapada é Lençóis, com suas ruas de paralelepípedos e casario colonial que abriga pousadas, restaurantes e agências que oferecem atividades pelo parque e arredores. São muitas as opções de passeios - feitos sempre caminhando. Imperdíveis são os que levam aos cartões-postais: morro do Pai Inácio, com 1.200 metros de altitude, vista panorâmica e ponto de contemplação de um belíssimo pôr do sol; e cachoeira da Fumaça, a maior do país, com 380 metros de queda.
Como as atrações ficam distantes umas das outras, vale a pena pernoitar em outras cidades e povoados, como Mucugê, Andaraí, Igatu e Caeté-Açu, que oferecem charmosas pousadinhas e muita hospitalidade, além de guardarem e contarem histórias do Ciclo dos Diamantes.
As casas dos nativos também se tornam abrigos na Chapada - são nelas que os aventureiros que encaram os cinco dias de caminhada pelo Vale do Paty fazem pernoites, com direito a comida caseira, luz de lampião e muita prosa. A travessia tem 70 quilômetros e surpreende os trekkers do início ao fim. Por todo o percurso surgem recompensas naturais, como platôs, quedas d'água, rios, vales, poços, grutas... não é à toa que a travessia é considerada a mais bonita do Brasil.
Aracaju - SE
A capital sergipana não tem as praias mais badaladas do Nordeste, mas em compensação, capricha quando o assunto é variedade de passeios, infra-estrutura e preços - até mesmo na alta temporada os programas saem em conta. Com ruas limpas e arborizadas, a cidade tem como principal cartão-postal a orla de Atalaia, repleta de atrativos. Ao longo de seis quilômetros reúnem-se quiosques, calçadão, ciclovia, quadras poliesportivas, fontes luminosas e um oceanário que encanta crianças e adultos. Por lá fica a Passarela do Caranguejo, um trecho tomado por bares e restaurantes que servem o melhor da cozinha regional – frutos do mar, carne-de-sol, pirão-de-leite e, claro, caranguejo.
Praia do Saco: Coqueirais, dunas e mar azul esverdeado
no litoral Sul - Foto: Secretaria de Turismo de Aracaju
A palavra festa, que tão bem rima com Nordeste, encontra sinônimo na capital de Sergipe. Realizado na segunda quinzena do mês de junho, o Forró Caju reúne milhares de turistas que chegam atraídos pelo maior evento da região. Na cidade cenográfica montada na Praça dos Eventos, as animadas quadrilhas têm a atenção dividida com o som das sanfonas, zabumbas e triângulos; e com os cheiros de milho cozido e amendoim torrado que se espalham pelo ar. As tradições típicas são mantidas também nas cidades históricas de São Cristóvão e Laranjeiras, a menos de 30 quilômetros de Aracaju e que guardam jóias arquitetônicas coloniais, além de festivais folclóricos.
Também nos arredores da capital fica um dos cenários mais bonitos do Estado - o cânion de Xingó, desbravado a bordo de escunas e catamarãs que cortam as águas verdes do rio São Francisco. Caso a vontade de mergulhar em um mar azul ainda persista, tome o rumo de Mangue Seco – o vilarejo baiano está a cerca de cem quilômetros de Aracaju.
Fernando de Noronha - PE
O paraíso existe, fica na Terra e tem nome e sobrenome: Fernando de Noronha. Com areias douradas, mar em tons de azul turquesa e verde esmeralda, corais, vida marinha esplendorosa, mata, formações rochosas... o arquipélago só pode ser uma filial do Éden a 545 quilômetros do Recife.
Mar de Noronha: Golfinhos chegam bem perto das
embarcações e dão shows de acrobacia - Foto: Acervo ADEFN
Acessível por avião ou navio, Noronha não é um destino barato – todos os produtos disponíveis no arquipélago vêm do continente, o que encarece os preços do pãozinho à gasolina. E ainda tem a taxa de permanência, que não é muito em conta. Mesmo assim, não venha para ficar apenas dois dias. Cada tostão gasto na ilha é muito bem recompensado pelos cenários vislumbrados em cima e embaixo d´água. Entre eles estão as praias da Baía do Sancho, da Baía dos Porcos e do Leão – listadas entre as dez mais bonitas do Brasil – e os morros dos Dois Irmãos e do Pico, cartões-postais de Noronha.A ilha é pequena, tem apenas 17 quilômetros quadrados e a menor BR do país - a 363, com seis quilômetros de extensão – o que facilita desbravar o território. Com as praias divididas em mar de dentro e mar de fora, é fácil coordenar a infinidade de atrativos e atividades. Tem caminhada, caiaque, passeios de barco e de bugue, observação de golfinhos... mas o que não pode ficar de fora do roteiro de jeito nenhum é o mergulho de garrafa, afinal, estamos falando de um dos melhores lugares do mundo para a prática do esporte. Para quem não encarar a descida nem mesmo em um batismo – mergulho acompanhado por instrutor a 15 metros de profundidade em média –, basta uma máscara e um snorkel para se divertir e se encantar com as belezas escondidas nas piscinas naturais do Atalaia, que vão muito além dos peixinhos e dos corais coloridos – tartarugas e arraias dão o ar da graça e nadam lado a lado com os visitantes. O surfistas também fazem a festa em Noronha. De dezembro a março, as praias da ilha ganham ondas perfeitas que variam de dois a cinco metros.
Para entender como Noronha, descoberta em 1503, continua tão preservada, é simples. Até 1982 o lugar funcionou ora como presídio, ora como área militar. Somente nos anos 90 a ilha foi aberta ao turismo, e mesmo assim, com muitas restrições, uma vez que foi transformada em Parque Nacional Marinho e tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural. Para se ter uma idéia do controle, apenas 700 pessoas podem pernoitar no arquipélago ao mesmo tempo. Estes felizardos curtem ainda as animadas palestras na sede do Ibama/Projeto Tamar, seguidas pelo forró do Bar do Cachorro.
Beberibe - CE
O artesanato de areia colorida e as falésias de diversas tonalidades que acompanham boa parte da orla fazem a fama de Beberibe. O cartão-postal é Morro Branco, a praia mais movimentada, a quatro quilômetros do centrinho e contornada também por dunas e recifes.

Labirinto: Fendas em meio às falésias
encantam os visitantes
Morro Branco é ainda um dos cenários mais concorridos para os passeios de bugue. O tour inclui paradas próximas às fendas do Labirinto das Falésias, formado pela erosão e pelas areias de vários tons. Também é na praia - em especial na pracinha da vila - que os visitantes encontram as tradicionais garrafinhas decoradas com grãos de areia colorida.
De bugue chega-se à bonita praia das Fontes, com bicas de água doce, grutas, dunas, falésias e águas calmas que atraem as famílias. Para quem está com os pequenos vale incluir no roteiro a Lagoa do Uruaú, contornada por barracas com mesinhas quase dentro d'água e passeios de lancha, jet ski e caiaque.
Mais afastadas estão as praias do Diogo, pouco movimentada e acompanhada por dunas e bicas de água doce; Barra do Sacutinga, com vila de pescadores, falésias e quiosques; Ariós, acessível por bugue; Prainha do Canto Verde, bastante tranqüila; do Paraíso, deserta e salpicada de lagoas; e Parajuru, com barracas e riachos temporários.
Cabo de S. Agostinho - PE
Cabo de Santo Agostinho tem apenas nove praias, mas cada qual tem sua peculiaridade, fazendo da península um destino para todos os gostos. Ao longo da orla alternam-se enseadas movimentadas, como Gaibu e dos Corais, com trechos sossegados, como Itapuama, Pedra do Xaréu e praia do Paiva, praticamente deserta. A escondida e pequena Calhetas, protegida por vegetação e pedras, está entre as mais bonitas e concorridas da região. Acessível por estrada de terra, reúne surfistas, mergulhadores e a turma que só quer saber de badalar no Bar do Artur, especializado em alto-astral e frutos do mar.

Itapuama: Cenário é formado por coqueirais e surfistas
Foto: Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho
Apesar da fama de Calhetas, os locais preferem a Pedra do Xaréu, com barracas simples e um belo recorte emoldurado por pedras que, na maré baixa, formam piscinas naturais de águas transparentes. O cenário se repete na enseada dos Corais. Já os surfistas marcam presença na preservada praia do Paiva, emoldurada por um imenso coqueiral. O movimento é mínimo, uma vez que não há quiosques no local e o acesso é por uma trilha em meio à mata Atlântica.
Também Itapuama reúne a turma das pranchas, que divide espaço com os pescadores. Para agitar, os destinos são Galhetas, repleta de barracas, bares e restaurantes com música ao vivo; e Paraíso, com quiosques sobre deques e bares rústicos em meio às pedras.
História e cultura também fazem parte das atrações da cidade e convidam a um passeio pela vila de Nazaré. Por lá estão a igreja de Nossa Senhora de Nazaré (1679), em estilo colonial; o Museu do Pescador, uma casa simples com mostra fotográfica, armadilhas e ingredientes da culinária local; e as ruínas do Convento Carmelita (1731) e do forte Castelo do Mar (1722).
Itamaracá - PE
No passado - século XVII -, Itamaracá foi palco de lutas entre portugueses e holandeses. As disputas giravam em torno do Forte Orange, construído em taipa, em 1631, e reconstruído em pedra, em 1654, quando ganhou diversos canhões. Cartão-postal da cidade, o patrimônio passou anos abandonado. Hoje, abriga lojas de artesanato, capela e museu. Das muralhas, avista-se toda a praia, além da Coroa do Avião, uma encantadora ilhota de areia, com águas cristalinas e palhoças que funcionam como bares. Acessível por barco ou jangada, Coroa é perfeita para caminhar, petiscar e jogar conversa fora.

Coroa do Avião: Ilha de areia é perfeita para relaxar
e mergulhar - Foto: Rafael Medeiros / Setur-PE
Com onze praias, Itamaracá oferece opções variadas. Algumas são tranqüilas, como as afastadas do Fortinho, do Sossego e Pontal da Ilha; outras movimentadas, como Quatro Cantos, Baixa Verde, Jaguaribe e Pilar - esta última é a mais badalada. Quem viaja com os pequenos deve incluir no roteiro uma visita aoEcoparque Peixe-Boi & Cia. O tour começa com um documentário e termina nos tanques, onde uma parede de vidro permite ver os simpáticos e gorduchos peixes-boi nadando.
Com onze praias, Itamaracá oferece opções variadas. Algumas são tranqüilas, como as afastadas do Fortinho, do Sossego e Pontal da Ilha; outras movimentadas, como Quatro Cantos, Baixa Verde, Jaguaribe e Pilar - esta última é a mais badalada. Quem viaja com os pequenos deve incluir no roteiro uma visita aoEcoparque Peixe-Boi & Cia. O tour começa com um documentário e termina nos tanques, onde uma parede de vidro permite ver os simpáticos e gorduchos peixes-boi nadando.
Depois de curtir a natureza, um bom programa é seguir para Vila Velha, no ponto mais alto de Itamaracá. Fundada pelos portugueses em 1540, ainda guarda casario colonial, ruínas da igreja do Rosário dos Pretos, trilhas e bela vista dos manguezais, rios e praias. Aproveite para comer nos restaurantes de frutos do mar e comprar as deliciosas passas de caju, encontradas também em frente ao forte. Caso seja noite de lua cheia, encerre os trabalhos na praia de Jaguaribe, cenário de concorridas rodas de ciranda.
Ilha de Boipeba - BA
Escondida atrás da Ilha de Tinharé, onde está Morro de São Paulo, a Ilha de Boipeba é o oposto da badalada vizinha. As semelhanças entre as duas vilas malocadas naCosta do Dendê ficam por conta do charme rústico das ruas de terra onde o tráfego de automóveis é proibido e das praias paradisíacas, com águas claras, areias brancas e vastos coqueirais. Enquanto Morro apostou na veia turística, com pousadas e restaurantes estrelados e noite agitada que atrai jovens dos quatro cantos do planeta, Boipeba caminha na direção inversa. Por iniciativa dos próprios nativos e forasteiros que lá aportaram, foi transformada em Área de Proteção Ambiental, garantindo cenários desertos dia e noite, o ano inteiro.

Ponta de Castelhanos: Programa imperdível em meio à natureza
Foto: Jota Freitas (Bahiatursa)
Cercada de um lado pelo oceano Atlântico e de outro pelo rio do Inferno, o acesso à Boipeba é tão complicado quanto o que leva à Morro de São Paulo. Não é à toa que muita gente fica em Morro e faz o passeio de apenas um dia à ilha - um grande equívoco levando em conta tanta beleza. O endereço difícil e o bate-e-volta de turistas na temporada, porém, revertem-se em vantagens, como a preservação da natureza, dos coqueirais, da vila de pescadores e, em especial, do sossego.
Feita para ser desfrutada durante o dia, a ilha é banhada por vinte quilômetros de praias de águas azuis. Para conhecer cada recanto, só caminhando ou fazendo passeios de barco, como os que levam às piscinas naturais de Moreré, em pleno alto-mar; ou aos naufrágios na Ponta de Castelhanos. Quesitos como compras e noitada não fazem parte da programação em Boipeba. Foram trocados pelo espetacular pôr do sol no encontro do rio com o mar e pela contemplação do céu cravejado de estrelas.
João Pessoa - PB
Uma das menores e mais antigas capitais do Nordeste, João Pessoa tem todo o estilo de cidade do interior. Bastante arborizada, com uma orla preservada pela legislação que limita a altura dos prédios, um povo hospitaleiro, belas praias e badalação light, a cidade é contemplada ainda com serviços e infraestrutura de... capital!

Praia do Jacaré: Pôr-do-sol tem música clássica e
bela moldura - Foto: Setur João Pessoa
Os turistas, que ainda são poucos, concentram-se nas praias urbanas de Tambaú, Manaíra e Cabo Branco, com barracas, bares e restaurantes. As paisagens mais rústicas e bonitas, entretanto, encontram-se no litoral Sul, na direção de Pernambuco. É lá que está Tambaba, o mais consagrado endereço naturista do Brasil. Já o litoral Norte é point dos surfistas. As águas não são tão claras quanto as do litoral Sul, mas formam excelentes ondas. Quem viaja com crianças deve incluir no roteiro um mergulho nas piscinas naturais de Picãozinho, transparentes e repletas de peixes coloridos.
Com um rico acervo histórico-arquitetônico, João Pessoa guarda imponentes construções barrocas datadas do século 16. A devoção, ainda nos dias de hoje, é bastante forte e representada pelo espetáculo da Paixão de Cristo que atrai fiéis e turistas na Semana Santa. O profano também tem seu lugar e atende pelos nomes de Folia de Rua e Muriçocas do Miramar, reunindo o melhor do frevo e do maracatu, durante o pré-Carnaval. O forró marca presença nas festas juninas, em homenagem a São João.
Um dos cartões-postais da cidade, o Farol do Cabo Branco sinaliza que João Pessoa é o ponto oriental extremo das Américas – em suas praias, o sol nasce primeiro. Embora emoldurada por uma bela orla, a cozinha da capital não se limita aos de frutos do mar. Porreta mesmo são as receitas do sertão, à base de carne-de-sol e de bode, macaxeira, arroz de leite, feijão-de-corda e manteiga de garrafa. Para a sobremesa, dá-lhe rapadura!
Canoa Quebrada/Aracati - CE
Canoa Quebrada era uma pacata aldeia de pescadores até os anos 70, quando foi descoberta pelos hippies e transformada em reduto "paz e amor". Hoje, com acesso asfaltado, eletricidade, pousadas e restaurantes, é um dos destinos mais cobiçados do Ceará. Apesar das facilidades e mordomias, a vila encravada no alto de uma falésia mantém seu astral alternativo. Na praia, as jangadas rústicas continuam cruzando o mar esverdeado, enquanto as formações multicoloridas espalham-se por todas as direções. De bugue, aprecia-se o dégradé das falésias, com nuances que vão do branco à terracota, sem contar as marmorizadas, encontradas em Ponta Grossa. Ao longo do passeio, uma parada na praia de Majorlândia é obrigatória. Lá é produzido o artesanato típico da região - as garrafinhas com desenhos de areia colorida.
Prática comum entre os turistas hospedados em Fortaleza é fazer um bate-e-volta para Canoa Quebrada - eles saem pela manhã da capital e pegam a estrada novamente no final do dia. A aventura nem sempre agrada por dois motivos: a viagem de 160 quilômetros é cansativa e, quem retorna, deixa de curtir a animada vida noturna da vila. O burburinho acontece na Broadway, uma rua que virou calçadão e teve o piso de areia substituído por pedras portuguesas. O corredor é formado por bons restaurantes de frutos do mar, bares e boates com estilos variados. No verão, o agito se transfere para a praia, cenário de luaus e festas ao som de muito reggae.
Canoa faz parte do município de Aracati, a 13 quilômetros. Na sede, os atrativos não são as belezas naturais e, sim, o acervo arquitetônico. A cidade foi a mais importante do Estado no período colonial e guarda um rico patrimônio formado por casarões, sobrados e igrejas dos séculos 18 e 19. Preservadas, muitas fachadas exibem belos ornamentos em azulejos portugueses.
Morro de São Paulo - BA
Um dos destinos mais cobiçados da Costa do Dendê, a cosmopolita Morro de São Paulo fica na Ilha de Tinharé, a 248 quilômetros de Salvador. Para chegar lá é preciso pegar um catamarã ou um avião na capital baiana, ou então, ir de carro ou ônibus até Valença e dali seguir em um barco ou uma lancha. A logística não é das mais simples, mas a aventura compensa.
Morro tem apenas quatro praias "exploradas" e duas ruas principais - de areia, diga-se de passagem - mas tem lugar para todo mundo, literalmente. Jovens mochileiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Holanda, Israel... desembarcam no minúsculo porto em busca da agitada noite da vila. Mas também chegam casais e famílias que procuram e encontram sossego. Sim, o povoado é pequeno, mas tem territórios bem demarcados.
O burburinho impera do centrinho (apinhado de restaurantes que servem de comida caseira à japonesa) à Segunda Praia – as praias não são identificadas por nomes, mas por ordem numérica. A Terceira tem movimento tranquilo e algumas pousadas e restaurantes; enquanto na Quarta a tranquilidade reina absoluta. Nas duas últimas, as piscinas naturais de águas transparentes são perfeitas para a prática do mergulho. Além das praias "numeradas", Morro guarda ainda as praias do Encanto (ou Quinta), da Gamboa e Guarapuá.
O estilo pitoresco é reforçado ainda pela proibição do tráfego de automóveis na ilha – mas os pés não são os únicos meios de transporte. Tratores levam os turistas até às pousadas ou aos pontos turísticos por uma estrada de terra paralela à praia. As caminhadas, entretanto, continuam sendo as melhores maneiras de desbravar a ilha e conhecer seus encantos, entre eles, o forte – ponto de encontro na hora do pôr do sol - e o farol, que descortina uma das mais espetaculares vistas de Morro de São Paulo.
Para quem viaja com os pequenos, uma dica é aproveitar a área de lazer do hotel Jangadeiro, à beira-mar, com piscinas e toboáguas. O espaço é aberto ao público mediante pagamento de taxa.
Quem acorda cedo assiste a um belo espetáculo - o arrasto do camarão, feito pelos pescadores junto à barra do rio Iguape.
Cidades irmãs separadas por apenas sete quilômetros, Recife e Olinda nasceram no período colonial e preservam com orgulho as heranças deixadas pelos portugueses e holandeses – dois povos que disputaram a ferro e fogo, literalmente, os estratégicos pedaços de terra à beira-mar. Dos patrícios restaram os encantos de Olinda, com suas ladeiras tomadas por igrejas, ateliês e restaurantes. Já Maurício de Nassau e sua tropa imprimiram como legado o bairro do Recife Antigo, hoje restaurado, colorido e movimentado.
Tombada como Patrimônio Cultural Mundial, Olinda faz do charme seu cartão de visitas. Com belas construções, mirantes e galerias de arte, surpreende os visitantes também de maneiras singelas – pôr do sol digno de salva de palmas, missas cantadas por monges e freiras, desfiles de blocos de maracatu em plena tarde de domingo... O ritmo, aliás, juntamente com o frevo, predomina no Carnaval da cidade, um dos mais concorridos do país, caracterizado pelos bonecos gigantes. O bucolismo estende-se ainda pelas pousadas, bares e restaurantes que tomam conta da rua do Amparo, o pólo cultural de Olinda.
Já na capital pernambucana, o visual das ladeiras é substituído por uma paisagem cortada por rios, canais e dezenas de pontes ligando um bairro ao outro. Em cada ponto, atrativos que remetem às características marcantes das principais capitais nordestinas. Recife tem praia urbana perfeita para banhos assim como João Pessoa e Maceió; efervescência cultural semelhante à de Salvador e Fortaleza; e conjuntos arquitetônicos tão imponentes quanto os de São Luis do Maranhão. De Boa Viagem – bairro que dá nome à democrática praia - ao Recife Antigo, que tem a rua do Bom Jesus como referência, há muito o que ver e fazer. São igrejas, casarios coloniais e museus que guardam a rica história do estado. A metrópole reserva ainda uma infinidade de restaurantes especializados em frutos do mar e uma vida noturna animada, embalada pelos ritmos pernambucanos.
Nos arredores das cidades, a beleza natural é a marca registrada. Para o Norte ou para o Sul, em um raio de cem quilômetros, destinos como Cabo de Santo Agostinho, Porto de Galinhas e Maria Farinha convidam a passeios que podem ser feitos em um dia. No roteiro, praias para todos os gostos e estilos.
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Carnaval: Bonecos Gigantes de Olinda animam os foliões Foto: Passarinho |
Já na capital pernambucana, o visual das ladeiras é substituído por uma paisagem cortada por rios, canais e dezenas de pontes ligando um bairro ao outro. Em cada ponto, atrativos que remetem às características marcantes das principais capitais nordestinas. Recife tem praia urbana perfeita para banhos assim como João Pessoa e Maceió; efervescência cultural semelhante à de Salvador e Fortaleza; e conjuntos arquitetônicos tão imponentes quanto os de São Luis do Maranhão. De Boa Viagem – bairro que dá nome à democrática praia - ao Recife Antigo, que tem a rua do Bom Jesus como referência, há muito o que ver e fazer. São igrejas, casarios coloniais e museus que guardam a rica história do estado. A metrópole reserva ainda uma infinidade de restaurantes especializados em frutos do mar e uma vida noturna animada, embalada pelos ritmos pernambucanos.
Nos arredores das cidades, a beleza natural é a marca registrada. Para o Norte ou para o Sul, em um raio de cem quilômetros, destinos como Cabo de Santo Agostinho, Porto de Galinhas e Maria Farinha convidam a passeios que podem ser feitos em um dia. No roteiro, praias para todos os gostos e estilos.

Tamandaré é a sede do município, com áreas urbanizadas, casas de veraneio e barracas que recebem turistas nos finais de semana e na alta temporada. Já Carneiros, acessível por estrada (dez quilômetros, sendo cinco de terra) ou pela praia (cerca de meia hora de caminhada), é totalmente rústica. Além das particularidades descritas acima, tem ainda um rio de águas verdes que se mistura com o mar na maré alta. Para fechar a paisagem bucólica com chave de ouro, uma igreja branquinha, dedicada a São Benedito, é cercada por coqueirais e ocupa lugar de destaque na areia.
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Morro do Pai Inácio: Formação rochosa de 1.200 metros de altura é avistada de diversos pontos - Foto: Jotafreitas - Bahiatursa |
Como as atrações ficam distantes umas das outras, vale a pena pernoitar em outras cidades e povoados, como Mucugê, Andaraí, Igatu e Caeté-Açu, que oferecem charmosas pousadinhas e muita hospitalidade, além de guardarem e contarem histórias do Ciclo dos Diamantes.
As casas dos nativos também se tornam abrigos na Chapada - são nelas que os aventureiros que encaram os cinco dias de caminhada pelo Vale do Paty fazem pernoites, com direito a comida caseira, luz de lampião e muita prosa. A travessia tem 70 quilômetros e surpreende os trekkers do início ao fim. Por todo o percurso surgem recompensas naturais, como platôs, quedas d'água, rios, vales, poços, grutas... não é à toa que a travessia é considerada a mais bonita do Brasil.
A capital sergipana não tem as praias mais badaladas do Nordeste, mas em compensação, capricha quando o assunto é variedade de passeios, infra-estrutura e preços - até mesmo na alta temporada os programas saem em conta. Com ruas limpas e arborizadas, a cidade tem como principal cartão-postal a orla de Atalaia, repleta de atrativos. Ao longo de seis quilômetros reúnem-se quiosques, calçadão, ciclovia, quadras poliesportivas, fontes luminosas e um oceanário que encanta crianças e adultos. Por lá fica a Passarela do Caranguejo, um trecho tomado por bares e restaurantes que servem o melhor da cozinha regional – frutos do mar, carne-de-sol, pirão-de-leite e, claro, caranguejo.
Praia do Saco: Coqueirais, dunas e mar azul esverdeado no litoral Sul - Foto: Secretaria de Turismo de Aracaju |
A palavra festa, que tão bem rima com Nordeste, encontra sinônimo na capital de Sergipe. Realizado na segunda quinzena do mês de junho, o Forró Caju reúne milhares de turistas que chegam atraídos pelo maior evento da região. Na cidade cenográfica montada na Praça dos Eventos, as animadas quadrilhas têm a atenção dividida com o som das sanfonas, zabumbas e triângulos; e com os cheiros de milho cozido e amendoim torrado que se espalham pelo ar. As tradições típicas são mantidas também nas cidades históricas de São Cristóvão e Laranjeiras, a menos de 30 quilômetros de Aracaju e que guardam jóias arquitetônicas coloniais, além de festivais folclóricos.
Também nos arredores da capital fica um dos cenários mais bonitos do Estado - o cânion de Xingó, desbravado a bordo de escunas e catamarãs que cortam as águas verdes do rio São Francisco. Caso a vontade de mergulhar em um mar azul ainda persista, tome o rumo de Mangue Seco – o vilarejo baiano está a cerca de cem quilômetros de Aracaju.
O paraíso existe, fica na Terra e tem nome e sobrenome: Fernando de Noronha. Com areias douradas, mar em tons de azul turquesa e verde esmeralda, corais, vida marinha esplendorosa, mata, formações rochosas... o arquipélago só pode ser uma filial do Éden a 545 quilômetros do Recife.
Mar de Noronha: Golfinhos chegam bem perto das embarcações e dão shows de acrobacia - Foto: Acervo ADEFN |
Acessível por avião ou navio, Noronha não é um destino barato – todos os produtos disponíveis no arquipélago vêm do continente, o que encarece os preços do pãozinho à gasolina. E ainda tem a taxa de permanência, que não é muito em conta. Mesmo assim, não venha para ficar apenas dois dias. Cada tostão gasto na ilha é muito bem recompensado pelos cenários vislumbrados em cima e embaixo d´água. Entre eles estão as praias da Baía do Sancho, da Baía dos Porcos e do Leão – listadas entre as dez mais bonitas do Brasil – e os morros dos Dois Irmãos e do Pico, cartões-postais de Noronha.
A ilha é pequena, tem apenas 17 quilômetros quadrados e a menor BR do país - a 363, com seis quilômetros de extensão – o que facilita desbravar o território. Com as praias divididas em mar de dentro e mar de fora, é fácil coordenar a infinidade de atrativos e atividades. Tem caminhada, caiaque, passeios de barco e de bugue, observação de golfinhos... mas o que não pode ficar de fora do roteiro de jeito nenhum é o mergulho de garrafa, afinal, estamos falando de um dos melhores lugares do mundo para a prática do esporte. Para quem não encarar a descida nem mesmo em um batismo – mergulho acompanhado por instrutor a 15 metros de profundidade em média –, basta uma máscara e um snorkel para se divertir e se encantar com as belezas escondidas nas piscinas naturais do Atalaia, que vão muito além dos peixinhos e dos corais coloridos – tartarugas e arraias dão o ar da graça e nadam lado a lado com os visitantes. O surfistas também fazem a festa em Noronha. De dezembro a março, as praias da ilha ganham ondas perfeitas que variam de dois a cinco metros.
Para entender como Noronha, descoberta em 1503, continua tão preservada, é simples. Até 1982 o lugar funcionou ora como presídio, ora como área militar. Somente nos anos 90 a ilha foi aberta ao turismo, e mesmo assim, com muitas restrições, uma vez que foi transformada em Parque Nacional Marinho e tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural. Para se ter uma idéia do controle, apenas 700 pessoas podem pernoitar no arquipélago ao mesmo tempo. Estes felizardos curtem ainda as animadas palestras na sede do Ibama/Projeto Tamar, seguidas pelo forró do Bar do Cachorro.
Para entender como Noronha, descoberta em 1503, continua tão preservada, é simples. Até 1982 o lugar funcionou ora como presídio, ora como área militar. Somente nos anos 90 a ilha foi aberta ao turismo, e mesmo assim, com muitas restrições, uma vez que foi transformada em Parque Nacional Marinho e tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural. Para se ter uma idéia do controle, apenas 700 pessoas podem pernoitar no arquipélago ao mesmo tempo. Estes felizardos curtem ainda as animadas palestras na sede do Ibama/Projeto Tamar, seguidas pelo forró do Bar do Cachorro.
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Labirinto: Fendas em meio às falésias encantam os visitantes |
De bugue chega-se à bonita praia das Fontes, com bicas de água doce, grutas, dunas, falésias e águas calmas que atraem as famílias. Para quem está com os pequenos vale incluir no roteiro a Lagoa do Uruaú, contornada por barracas com mesinhas quase dentro d'água e passeios de lancha, jet ski e caiaque.
Mais afastadas estão as praias do Diogo, pouco movimentada e acompanhada por dunas e bicas de água doce; Barra do Sacutinga, com vila de pescadores, falésias e quiosques; Ariós, acessível por bugue; Prainha do Canto Verde, bastante tranqüila; do Paraíso, deserta e salpicada de lagoas; e Parajuru, com barracas e riachos temporários.
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Itapuama: Cenário é formado por coqueirais e surfistas Foto: Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho |
Também Itapuama reúne a turma das pranchas, que divide espaço com os pescadores. Para agitar, os destinos são Galhetas, repleta de barracas, bares e restaurantes com música ao vivo; e Paraíso, com quiosques sobre deques e bares rústicos em meio às pedras.
História e cultura também fazem parte das atrações da cidade e convidam a um passeio pela vila de Nazaré. Por lá estão a igreja de Nossa Senhora de Nazaré (1679), em estilo colonial; o Museu do Pescador, uma casa simples com mostra fotográfica, armadilhas e ingredientes da culinária local; e as ruínas do Convento Carmelita (1731) e do forte Castelo do Mar (1722).
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Coroa do Avião: Ilha de areia é perfeita para relaxar e mergulhar - Foto: Rafael Medeiros / Setur-PE |
Com onze praias, Itamaracá oferece opções variadas. Algumas são tranqüilas, como as afastadas do Fortinho, do Sossego e Pontal da Ilha; outras movimentadas, como Quatro Cantos, Baixa Verde, Jaguaribe e Pilar - esta última é a mais badalada. Quem viaja com os pequenos deve incluir no roteiro uma visita aoEcoparque Peixe-Boi & Cia. O tour começa com um documentário e termina nos tanques, onde uma parede de vidro permite ver os simpáticos e gorduchos peixes-boi nadando.
Depois de curtir a natureza, um bom programa é seguir para Vila Velha, no ponto mais alto de Itamaracá. Fundada pelos portugueses em 1540, ainda guarda casario colonial, ruínas da igreja do Rosário dos Pretos, trilhas e bela vista dos manguezais, rios e praias. Aproveite para comer nos restaurantes de frutos do mar e comprar as deliciosas passas de caju, encontradas também em frente ao forte. Caso seja noite de lua cheia, encerre os trabalhos na praia de Jaguaribe, cenário de concorridas rodas de ciranda.
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Ponta de Castelhanos: Programa imperdível em meio à natureza Foto: Jota Freitas (Bahiatursa) |
Feita para ser desfrutada durante o dia, a ilha é banhada por vinte quilômetros de praias de águas azuis. Para conhecer cada recanto, só caminhando ou fazendo passeios de barco, como os que levam às piscinas naturais de Moreré, em pleno alto-mar; ou aos naufrágios na Ponta de Castelhanos. Quesitos como compras e noitada não fazem parte da programação em Boipeba. Foram trocados pelo espetacular pôr do sol no encontro do rio com o mar e pela contemplação do céu cravejado de estrelas.
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Praia do Jacaré: Pôr-do-sol tem música clássica e bela moldura - Foto: Setur João Pessoa |
Com um rico acervo histórico-arquitetônico, João Pessoa guarda imponentes construções barrocas datadas do século 16. A devoção, ainda nos dias de hoje, é bastante forte e representada pelo espetáculo da Paixão de Cristo que atrai fiéis e turistas na Semana Santa. O profano também tem seu lugar e atende pelos nomes de Folia de Rua e Muriçocas do Miramar, reunindo o melhor do frevo e do maracatu, durante o pré-Carnaval. O forró marca presença nas festas juninas, em homenagem a São João.
Um dos cartões-postais da cidade, o Farol do Cabo Branco sinaliza que João Pessoa é o ponto oriental extremo das Américas – em suas praias, o sol nasce primeiro. Embora emoldurada por uma bela orla, a cozinha da capital não se limita aos de frutos do mar. Porreta mesmo são as receitas do sertão, à base de carne-de-sol e de bode, macaxeira, arroz de leite, feijão-de-corda e manteiga de garrafa. Para a sobremesa, dá-lhe rapadura!
Prática comum entre os turistas hospedados em Fortaleza é fazer um bate-e-volta para Canoa Quebrada - eles saem pela manhã da capital e pegam a estrada novamente no final do dia. A aventura nem sempre agrada por dois motivos: a viagem de 160 quilômetros é cansativa e, quem retorna, deixa de curtir a animada vida noturna da vila. O burburinho acontece na Broadway, uma rua que virou calçadão e teve o piso de areia substituído por pedras portuguesas. O corredor é formado por bons restaurantes de frutos do mar, bares e boates com estilos variados. No verão, o agito se transfere para a praia, cenário de luaus e festas ao som de muito reggae.
Canoa faz parte do município de Aracati, a 13 quilômetros. Na sede, os atrativos não são as belezas naturais e, sim, o acervo arquitetônico. A cidade foi a mais importante do Estado no período colonial e guarda um rico patrimônio formado por casarões, sobrados e igrejas dos séculos 18 e 19. Preservadas, muitas fachadas exibem belos ornamentos em azulejos portugueses.
Morro tem apenas quatro praias "exploradas" e duas ruas principais - de areia, diga-se de passagem - mas tem lugar para todo mundo, literalmente. Jovens mochileiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Holanda, Israel... desembarcam no minúsculo porto em busca da agitada noite da vila. Mas também chegam casais e famílias que procuram e encontram sossego. Sim, o povoado é pequeno, mas tem territórios bem demarcados.
O burburinho impera do centrinho (apinhado de restaurantes que servem de comida caseira à japonesa) à Segunda Praia – as praias não são identificadas por nomes, mas por ordem numérica. A Terceira tem movimento tranquilo e algumas pousadas e restaurantes; enquanto na Quarta a tranquilidade reina absoluta. Nas duas últimas, as piscinas naturais de águas transparentes são perfeitas para a prática do mergulho. Além das praias "numeradas", Morro guarda ainda as praias do Encanto (ou Quinta), da Gamboa e Guarapuá.
O estilo pitoresco é reforçado ainda pela proibição do tráfego de automóveis na ilha – mas os pés não são os únicos meios de transporte. Tratores levam os turistas até às pousadas ou aos pontos turísticos por uma estrada de terra paralela à praia. As caminhadas, entretanto, continuam sendo as melhores maneiras de desbravar a ilha e conhecer seus encantos, entre eles, o forte – ponto de encontro na hora do pôr do sol - e o farol, que descortina uma das mais espetaculares vistas de Morro de São Paulo.